José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

A melhoria da vivência dos portugueses e dos espanhois, excepcional presensa na União Europeia e no Mundo, residirá¡ numa UNIÃO IBérica constituída por Estados Federados das suas regiões do continente e das ilhas.
 
Esta tese é enviada por http://uniaoiberica.blogspot.com/ podendo ser correspondida pelo e-mail uniaoiberica.federacao@gmail.com ou pelo correio postal: União Ibérica, Av. Bombeiros Voluntários, 66, 5º Frente, 1495-023 Algés, Portugal; Tel: 00 351 21 410 69 41; Fax: 00 351 21 412 03 96.

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segunda-feira, fevereiro 13, 2006

UNIÃO IBÉRICA (6)



(*) Mendonça Júnior
Será que a tese da União Ibérica tem pernas para andar?
1 –
Disso não temos qualquer dúvida. A «União Ibérica constituída por estados federados das suas regiões do continente e ilhas, da península ibérica,» não se processa de um dia para o outro.
É facto inquestionável que todas as federações, que se constituíram neste alcunhado “mundo cão” do Planeta Terra em que vivemos, estão para ficar. Cada vez mais fortes e competitivas.
Não foi fácil: O caso da América do Norte é o maior exemplo dos “prós e contras”. A federação deles é hoje constituída por cinquenta estados federados resultado de uma guerra sangrenta entre o Norte industrializado e o Sul agrícola. É hoje o país a mais poderoso do Mundo.

Noutros países a mudança operou-se de forma pacífica, com excepção de alguns “Velhos do Restelo”. Pouco mais fazem do que alardear “blá-blás de perdas de soberania”: nas tertúlias, na comunicação social ou para manterem o seu ganha-pão político: “Maria vai com as outras” ou se quiserem: “É melhor não fazer ondas”. São os que repudiam a UI. Nomes? Quereis nomes? E por que não? Dou exemplos:
Para já mencionamos quatro: que louvamos e muito respeitamos por serem personalidades de renome nacional que prestaram serviços distintos e muito relevantes, no quadro militar-político-sócio-económico, nos tempos da suas vivências activas. São irredutíveis, a qualquer ideia federativa… São eles: Almeida Santos, Pinheiro da Silva, Salazar Braga, Silvério Marques.
Esses, são os que hoje está na moda chamar “ortodoxos fundamentalistas”. São acusados de ainda não se terem libertado da vivência salazarísta, que inicialmente, teve o seu grande e louvável mérito nacionalista-económico-financeiro e que, como é sabido, agora acusam do “obscurantismo” de Portugal perante a mudança dos Ventos da História. Nesse sentido, e vem a propósito repetir-se: «Oliveira Salazar, quando morreu, agarrado ao poder, fortemente apoiado pela PIDE que se diz que torturava e matava incluindo o General Humberto Delgado. Deixou nos cofres do Estado mais de 800 toneladas de ouro, pagos pela África do Sul em ouro, pela cedência de indígenas de Moçambique para trabalharem nas minas de ouro sulafricanas».
Porém esses, não preocupam a União Ibérica! E porquê? Quanto tempo vão viver mais… três anos…cinco anos… daqui a dez anos…“moritur te salutant”.”

2 – Acreditamos, sim, que as novas gerações, através do “choque do afundamento da actual realidade portuguesa” sejam realistas e apoiem uma tese federalista. A exemplo dos países que assim se constituíram e que hoje, dia a dia, se fortalecem, cada vez mais: União Faz A Força. E porquê? Porque sentem na carne a degradação constante do nosso querido país. O que procuramos clarificar no artigo «Idiossincrasias dos portugueses», na Internet, em 22 de Outubro passado.

Acreditamos que a tese do nosso movimento é possível para não deixarmos de ser portugueses, como o fomos no passado, pelas razões ali expostas e sugestões para o futuro.

3 – Entretanto a UI não é omnisciente! Desafia debates sérios e realísticos em qualquer modalidade, verbal ou escrita, inclusive na Internet “Comments=Postar um comentário”, no final dos artigos do site UNIÂO IBÉRICA. Mas, por favor, tenham a coragem de se identificar como o fez, Ramalho Eanes na sua habitual exemplar corajosa frontalidade:
«Felicito o camarada Mendonça Júnior, principalmente pela “provocação” saudável que esse trabalho constituiu. Interessante seria reflectir por que razão o iberismo voltou a ser discutido, em todas as suas situações de crise nacional.
Discutir, seriamente, a hipótese iberista seria, sempre salutar para o País. No mínimo, essa discussão levaria os portugueses, indirectamente a: primeiro, a definirem, com rigor, o que querem e o que podem ser no futuro; depois, e em consequência, a estabelecer um grande propósito nacional, a exigir a definição das consequentes estratégicas, a fiscalizar a sua gestão, a pagar conscientemente os custos que elas, seguramente, implicariam.
Continuar nesta modorra, não estabelecer Grandes Opções Estratégicas de Segurança Nacional, não cuidar de atribuir meios aos subsistemas sociais, e de exigir, para eles, a definição e a aplicação de uma estratégia é, seguramente, caminhar de crise em crise até, pelo menos, à completa integração económica na Espanha, sic».

4 –
Porém, antes de nos referirmos ao tema principal de hoje, a União Ibérica e o Senado News expôem o conceito, que entre nós portugueses, é considerado muito próximo do divino. Trata-se da INTELIGÊNCIA. Oh! Fulano é o máximo… é um craneo privilegiado… a questão não é para todos… é só para os eleitos… etc…etc… Para nós a inteligência não se trata de uma simples qualidade mas sim de um composto de vários factores.
Para exemplificar e por ordem alfabética:
– Bom senso, se for a mais, não presta: é um padre…
– Bom humor, se for a amais, não presta: é um palhaço…
– Coragem, se for a mais, não presta: é um arruaceiro…
– Paranóia, se for a mais, não presta: é um holocaustro…
– Raciocínio, se for a mais, não presta: é um intelectual…
Através do critério de avaliação obtido pelo percentual destes cinco factores assim os nossos dois movimentos, União Ibérica e Senado News, classificam: modos de ver pessoais, questões, convicções, ideias, crenças, concepções, sentimentos, pareceres, atitudes em relação a questões políticas, morais, filosóficas e religiosas.

5 – Pois bem, é, como tem sido sempre, em conformidade com essa definição de INTELIGÊNCIA, que nomeamos este artigo: Será que a tese da União Ibérica tem pernas para andar? Trata-se, nem mais, que o Projecto de Previsão da União Ibérica:

Primeiro – A Espanha terá de dar o primeiro passo: iniciar a Federação Ibérica…
O que não será fácil dado os problemas, de política interna, governo, oposição e as suas regiões autónomas, muito especialmente: Catalunha, Países Bascos e Galiza. Abordamos a questão, na “União Ibérica (5), publicada na Internet.

Segundo – As regiões portuguesas poderão posteriormente lá “tentar entrar”…
O que não será fácil dado que já se está a duvidar entre alguns dos nossos vizinhos espanhóis que comentam:
«Será que valerá a pena, em termos de DEVE e HAVER, arcar com a “tanga” de Portugal o que irá custar à Espanha milhões ou biliões? Ou continuar a lá “entrar”, como estamos a fazer, pacificamente, nesta actual primeira fase, sócio-económico-financeira?»

Terceiro – A reacção do nosso querido país terá se ser, para já, rápida e decisiva. As novas gerações terão de “arregaçar as mangas” pelo trabalho competitivo mas muito especialmente por um “choque político aos deputados parlamentares”. Com excepção, de alguns, da lei da meia dúzia – citada no artigo de 22/10/05 – que refere que 95% a 97% dos portugueses não prestam.

Exemplo: O Parlamento só vota unânime para condolências dos que se “odiaram politicamente” em vida.
As novas gerações, muito especialmente a feminina, terão que usar: «o povo é quem mais ordena». Como? Atacando o ponto fraco dos deputados: a perda de votos é o alimento da sua sobrevivência para se sentarem no poleiro. Isso obrigará os Partidos a escolher os mais válidos em termos nacionais e não por clientelismos; como tem sido até agora. Apreenderão depressa. Muito especialmente na nomeação dos seus lideres.

Exemplo: Como se admite que Marques Mendes tenha referido, “provincialismo”, ao convite a Bill Gates, na esperança de um dia ele poder vir a querer investir em Portugal? Trata-se do patrão da Microsoft, fundada em 1975, que vale 223 mil milhões de euros e actualmente tem 60 mil funcionários e possui escritórios em 85 países do mundo e que em 2005, teve lucros de 10 mil milhões de euros.

Amigos portugueses se quereis que o nosso querido país possa, a prazo, tomar as decisões políticas mais apropriadas… usa e abusa a ABSTENÇÃO NAS URNAS… e não te comportes como “ovelhas a precipitarem-se no abismo” lideradas por quaisquer «malandros ou dançarinos».
(*) Coronel de Cavalaria

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

UNIÃO IBÉRICA (5)


(*) Mendonça Júnior
A controvérsia sobre Espanha e o Futuro começa fortemente a surgir entre políticos e comentadores dos nossos vizinhos…

1. A primeira parte de uma longa recente entrevista ao “Expresso”, EXP, dada por José Maria Aznar, JMA, e publicada na Internet, teve para a UI; um grande interesse, por razões óbvias do tema que tem vindo a publicitar: uma «… União Ibérica constituída por estados federados das suas regiões – portuguesas e espanholas – do continente e ilhas».

Aznar começa por discordar do actual Governo de Espanha, o de José Luís Zapatero – que conseguiu o apoio necessário para fazer aprovar o novo Estatuto da Catalunha – afirma que se trata de «um processo de desintegração de Espanha…na melhor das hipóteses, passaremos a ter menos Espanha, e na pior corremos um sério risco de desintegração do país, pela primeira vez em muito tempo».
O ex-Presidente do Governo espanhol: «insiste em que existe o risco de balcanização de Espanha… e que ninguém sabe as consequências que produz o risco de atrofiamento de um país. Mas nunca podem ser boas. Serão consequências profundamente negativas. Parte do dano já está feito e será muito difícil de recuperar, outra parte parece talvez evitar-se, mas, sinceramente, não me parece que haja vontade de o evitar. Mas, definitivamente, esse risco existe».

Quanto aos instrumentos necessários às descentralizações das regiões autónomas espanholas, Aznar afirma que a «Espanha levou esse processo até às últimas consequências, e é, provavelmente, o país mais descentralizador do Mundo».
EXP-«Mas esse não é o caminho de um Estado federal?
JMA-«O Estado federal é exactamente aquilo que os independentistas e os separatistas não querem. É claro que o não querem, porque o Estado federal significa, em larga medida, o que significa também o Estado actual: uma nação de cidadãos livres, iguais entre si e solidários. Julgo que o que se perspectiva é uma não-nação e, além disso, uma espécie de confederação com territórios que têm privilégios e direitos que outros territórios não possuem. E confundir o direito à diferença, constitucionalmente reconhecido e garantido, com a diferença de direitos é um erro político de dimensões históricas».

EXP
-«E, perante a voracidade dos nacionalismos, não se está a formar uma espécie de nacionalismo espanhol com as mesmas características?»
JMA-«Não. Eu penso que é isso que marca o elemento diferenciador: que os nacionalistas pratiquem o nacionalismo, eu, que não sou nacionalista e que não gosto de nacionalismos, até posso compreender; que os independentistas pratiquem o independentismo, também posso entendê-lo, embora não perfilhe as suas ideias (UI – contradição??? parece óbvio, será???); mas que o governo do meu país seja cúmplice dessas políticas, isso é totalmente incompreensível, e é o factor que, neste momento, distorce completamente a política espanhola».

UI – Parece óbvio que a principal “razão de ser” de José Maria Aznar, líder derrotado nas últimas eleições legislativas espanholas, não fugiu à regra da OPOSIÇÂO: ao criticar, por sistema, o actual governo espanhol por recear as “independências” que dividem “fragelizando”, (UI – o que é consensualmente verdadeiro: “dividir para conquistar”); mas sem opinar por uma federação, “in medio virtus est”; mantendo, pela razão, a “união faz a força” de uma Espanha e o Futuro.

2. A segunda parte da entrevista pontuou-se sobre assuntos político-sócio-económicos em que o entrevistado enaltece os valores da sua governação – internacionalmente reconhecidos no patamar cimeiro da União Europeia – através de uma exemplar entrevista no semanário “Expresso”.

NOTA: Os “negritos” são da responsabilidade do autor.
(*) Coronel de Cavalaria.