José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

A melhoria da vivência dos portugueses e dos espanhois, excepcional presensa na União Europeia e no Mundo, residirá¡ numa UNIÃO IBérica constituída por Estados Federados das suas regiões do continente e das ilhas.
 
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sábado, outubro 22, 2005

IDIOSSINCRASIAS DOS PORTUGUESES


(*) Mendonça Júnior

O conjunto histórico de vivências dos portugueses.

COMO ERAMOS…
Nos tempos de antanho, desde a fundação do nosso querido país em 1143 até pouco mais de metade do século XVI, os portugueses – da era do ouro, do marfim, das especiarias e da expansão da Fé Cristã – eram valentes, determinados, orgulhosos e tementes de Deus. Antes dos combates, ajoelhavam, comungavam em jejum, beijavam a cruz do guarda mão do montante e matavam o “infiel” ou morriam pela Nação a tal ponto que expandiram Portugal do Minho a Timor.

COMO SOMOS…
– FISICAMENTE: São de pequena estatura, brevilínios (tronco cilíndrico), e de membros curtos; a partir dos 40 anos iniciam um processo de engorda: papada, o cinto desce para suster o cada vez maior ventre proeminente; segundo a Direcção Geral de Saúde: 35% têm excesso de peso, 15% são obesos; cifóse (ficam mais baixos). Duas décadas depois começam a morrer, por ordem de estatística crescente: enfarte agudo do miocárdio; de doença esquémica do coração; de doenças cerebrovasculares e de doenças do aparelho circulatório. Segundo Fernando Pádua: o excesso de peso, sal, álcool e tabaco são os principais assassinos».

– MORALMENTE: A força anímica é a da coragem da adrenalina até às “últimas consequências”, o que ninguém sabe bem o que é; os buzinões são a coberto do anonimato; as manifestações de rua, aceleradas por febras e vinho são rapidamente afogadas por algumas bastonadas Nada como em França, Coreia, Israel ou Palestina, etc, etc, onde por vezes, as forças da ordem tinham e têm de recorrer a canhões de água, balas de borracha e não só… para gláudio dos média que passam a ter a sua almejada notícia e gritam. massacre… massacre…

– PSIQUICAMENTE: Juntam-se em tertúlias semanais, em almoços bem regados, onde imperam pormenorizadas notícias: sobre a saúde dos presentes, dos ausentes, do futebol e da política. Naquelas rendem-se à emocional tendência de interromper para contarem as suas vivências, sobre as quais os interlocutores prestam pouca atenção, sobre o mesmo tema da conversa ou outro. O debate é constantemente apimentado por anedotas exaustivamente enquadradas por: o pá, a gaja, a malta, que despertam ruidosas manifestações de festa. No caso dos grandes lideres quando se apercebem que a missão os obrigará a correr riscos «batem com a porta». Foi o caso paradigmático de D. João VI, que fugiu para o Brasil, “acompanhado de numerosa côrte de valentes fidalgos”; e de Spínola, que fugiu para Espanha e depois, para mais longe, para o Brasil.

– OS PARTIDOS POLÍTICOS: Por ano apresentam dezenas de projectos, para a “melhoria das condições de vida dos portugueses”, que envolvem milhões… mas não dizem onde nem como os obter. Ganhar o poder pelo voto é o objectivo para se sentarem no Governo.

– OS POLÍTICOS: Há os que ficam por cá e chegam á chefia dos Partidos Políticos. Apoiados pela força dos votos da sua multidão: são omniscientes na caça à omnipotência. Desprezam a regra de ouro da credibilidade do equilíbrio da isenção. O inimigo a abater é o Governo; Marques Mendes é um notável exemplo de “só” oposição. Mas há os “novos fujões” quando Portugal está a arder: Jorge Sampaio foge para os Açores e Sócrates para o Kénya.

– OS MILITARES: Nos incêndios, com excepção de uns poucos “maçaricos”, mal se viram… mas sim viram-se na manifestação 13 de Agosto último, que pretendiam efectuar fardados na rua mas que teve lugar, ingloriamente, na Casa do Alentejo vociferando palavras de ordem de aplicação de futuras medidas mais drásticas; foi seguida de outra, dias depois. Nesta manifestação os militares do activo não compareceram mas refugiaram-se, desta vez, “debaixo das sáias das suas mulheres” que estiveram presentes, na rua, em apreciável número. Em ambos os casos a sociedade portuguesa ficou sem saber as razões das excepções às medidas que os levavam a não querer colaborar com o Governo – na aplicação de sacrifícios dos seus outros congéneres funcionários públicos civis – no esforço patriótico de combater a crise que o País atravessa. Em vez disso criaram um falso problema: o de não se poderem manifestar. Errado: como se verificou democrática e constitucionalmente. O que os levou a regressar a quartéis.

Mas não é tudo… espante-se, ainda mais, a sociedade portuguesa: Houve muito recentemente 26 pedidos ao Governo, de soldados a coronel, de pensão por méritos excepcionais e outros serviços relevantes a Portugal. Pensão essa que, em alguns casos, pode chegar, individualmente, aos 1.500 euros. José Sócrates recusou as pensões solicitadas, de acordo com a política de austeridade do executivo, ao abrigo da legislação em vigor.

Perguntar-se-á? Injustiça? Perseguição em razão dos «feitos» que a Pátria os obrigava a cumprir mas que não foram respondidos pelos militares… Vejamos alguns desses «feitos», em dívida ao nosso Querido País, que ainda perduram na memória recente do século que passou.

– Na Grande Guerra de 14/18:
«A primeira grande revolta do Corpo Expedicionário Português-CEP (cerca de 25.000 homens) deu-se nas vésperas da Batalha de La Lys (09/12 de Abril de 1918). Em 4/5 de Abril a 2ª Brigada recusou-se a avançar para as primeiras linhas tendo-se distinguido mais, na revolta, o Batalhão de Infantaria 7 que se entrincheirou defensivamente nas casas das aldeias onde estava estacionado. De lá tiveram de sair, desarmados, depois do general Tamagnini os ter cercado e mandado que a artilharia tomasse posições para bombardear as casas. Pelas 17H00 os revoltos entregaram-se. O Batalhão foi dissolvido e os militares transportados em camiões para Nouex-les-Mines onde passaram a constituir um depósito disciplinar».
«No dia 7 de Abril o tenente-general Haking elogiou as tropas portuguesas. No dia seguinte, foi grande o espanto no posto de comando do general Gomes da Costa quando se recebeu a ordem de rendição da 2ª Divisão, que deveria marchar para a retaguarda entre os dias 9 e 10 de Abril. Em 9 de Abril os alemães atacaram a 2ª Divisão, que vencida, foi substituída na bolsa criada na frente por tropas inglesas. Nessa madrugada e manhã fatídicas para o Exército Português houve uma quantidade exagerada de 6.585 prisioneiros portugueses em relação a 614 mortos. Foi a última batalha das tropas portuguesas».

«Os soldados António Cardoso e Manuel da Silva foram condecorados com a Cruz de Guerra de 3ª Classe e promovidos a 1º cabo. O sargento Gomes de Carvalho aumentou a resistência ao avanço alemão de um fortim protegendo a retirada em segurança de ingleses e portugueses pelo fogo de metralhadora manejada por ele que se portou com grande valentia e sangue-frio perante o inimigo. Em 22 de Abril o comando do 1º Exército britânico decidiu unilateralmente dispensar as tropas do CEP».

Depois, já na retaguarda, houve as chamadas “insubordinações colectivas”.
«Três no Batalhão de Infantaria 12: em Agosto; em 6 Setembro; e a última próximo de 24. Outra, na 3ª Brigada em Setembro. Duas, no Batalhão de Infantaria 23 a 6 de Outubro que se repetiu no dia 8. Outra no Batalhão 11/17, (que se fundiram), em 11 de Outubro e depois na noite de 16 para 17. Terão ocorrido mais insubordinações na CEP nos meses de Setembro e Outubro? Julga-se que sim mas de grandeza menor».

Porém: «Se é hoje difícil identificar os oficiais que, servindo no CEP, à menor possibilidade de regressarem a Portugal, é, contudo, fácil reunir quantos nomes dos que não o abandonaram e ficaram até ao fim. Foi o caso do tenente-coronel José Serpa Pimentel; o do capitão Ferreira do Amaral; o do general Garcia Rosado; o do major Hélder Ribeiro; o do Capitão André Brun. Todos estes se mantiveram firmes até ao fim da guerra. Há no entanto, um nome que avulta sobre todos: o do capitão, Augusto Casimiro, republicano, publicista e poeta. Em parte terá sido ele que o general Garcia Rosado colheu ânimo para, em França, reorganizar os destroços do CEP e conseguir, no último momento, que Portugal estivesse representado na frente de combate. Curiosamente, Augusto Casimiro terá estado, sem grande consciência, na origem das “insubordinações colectivas” havidas nos últimos meses de Guerra».

– Na campanha de Moçambique de 16/18.
«Foram mobilizados, ao longo dos seus dois anos, 19.438 militares da Metrópole, a que há a juntar mais 985 portugueses e 19.278 africanos recrutados em Moçambique. Um impressionante total de 39.701 sem contar com 90.000 carregadores indígenas. Os alemães, comandados pelo general Von Lettow, tem sob as suas ordens 300 europeus e 1.700 “askaris” com o apoio de 3.000 carregadores. Em Negomano a resistência portuguesa não dura muito até porque o major Teixeira Pinto cai atingido por uma bala nos primeiros minutos. A maior parte da guarnição foge. Von Lettow garante que enterrou cerca de 200 cadáveres e libertou 150 prisioneiros. Em Negomano os alemães obtêm todos os víveres e munições de que precisam e os “askaris” trocam alegremente as suas Mauser de 1877 pelas Mauser de 1907 capturadas aos portugueses».
«Von Lettow vai entrar na parte final e mais brilhante da sua campanha, quando opera sem base segura, sem retaguarda e sem território próprio. Comanda só 2 a 3 milhares de homens, com menos de 400 europeus, mas são verdadeiros fantasmas, que se movem como se não houvesse oposição. Procura manter a sua força concentrada e sempre em movimento. Ataca os postos pequenos e mal defendidos para capturar o que necessita, conseguindo normalmente surpreender o adversário e evita as cidades e zonas fortificadas. Faz centenas de prisioneiros, que normalmente liberta logo a seguir, mediante a mera palavra de não tornarem a pegar em armas contra os alemães. Segue uma política de fomentar a revolta das populações indígenas das zonas por onde passa, chegando a entregar-lhes as armas e munições que pode dispensar, pelo que deixa um rasto de rebeliões atrás de si, que levará muitos anos a extinguir depois da guerra».

«De início enfrenta em Moçambique só os portugueses, mas as tropas Aliadas não tardam a entrar em força na colónia em sua perseguição. Vêm de todos os lados e são muito superiores aos alemães, mas nunca os conseguem encurralar e muitas vezes nem sequer sabem onde está o inimigo».

«O comando Aliado faz uma triste figura nesta fase final da campanha, sendo sistematicamente ludibriado e iludido pelo génio militar de Von Lettow. Os alemães fazem um percurso de milhares de quilómetros no ano final da guerra, onde derrotam sistematicamente todas as forças que decidem enfrentar (das mais diversas nacionalidades: ingleses, sul-africanos, rodesianos, belgas, indianos, nigerianos e quenianos, entre outros) e conseguem sempre evitar o combate quando a desvantagem é demasiado grande. Em Novembro, a sua força entra na Rodésia do Norte e só se rende voluntariamente a 12 de Novembro de 1918, quando o general alemão confirma que o armistício foi assinado na Europa e a guerra terminou».

«O desastre foi o maior desastre militar português em África desde Alcácer-Quibir. O resultado foi muito triste: nenhum dos objectivos militares foi alcançado, não se conseguiu sequer defender o território moçambicano e as baixas foram muito elevadas: 2.007 portugueses (9,8 % dos mobilizados no Continente e em Moçambique) e 2.804 indígenas mortos, com um número muito elevado de feridos e doentes. É de notar que morreram mais portugueses em Moçambique do que na frente da França durante a 1ª Guerra, com uma grande diferença: em Moçambique morreram principalmente por doenças devidas às más condições sanitárias, enquanto em França morreram principalmente em combate».

«A maestria do comandante alemão, Von Lettow Vorbeck, a sua estratégia diferente, os métodos inovadores da guerra de guerrilha, as suas superiores qualidades militares foram um dos principais factores para compreender o resultado desta campanha».

– Em Timor.
Os nossos militares, sob o comando de Lemos Pires, fugiram para Atauro.

– Na Índia. Os nossos militares, sob as ordens do Governador e Comandante Militar Vassalo e Silva (popularmente alcunhado de “Vassila e Salva-se”) renderam-se regressando apressadamente aos quartéis do território. Na Armada os acontecimentos foram diferentes: houve heroísmo e cobardia no dia 18 de Dezembro de 1961. O nosso Aviso de 1º Classe «Afonso de Albuquerque» – de acordo com o jornalista português Urbano Tavares Rodrigues que assistiu a tudo a bordo de um cargueiro grego juntamente com outros jornalistas internacionais – abriu fogo contra os dois contra-torpedeiros e as quatro fragatas indianas que bloqueavam o Porto de Murmugão na foz do rio Zuari em Goa. Durante a batalha o seu comandante, o Capitão-de-Mar-e-Guerra António da Cunha Aragão, foi gravemente ferido, e retirado da ponte de comando, sangrando abundantemente.
De imediato, o nosso vaso de guerra aproou a terra, onde encalhou. A tripulação abandonou o navio – “como ratos a fugir de naufrágio” – que ainda suportou alguns impactos enquanto a bandeira das quinas flutuava no mastro de honra. Mais tarde foi rebocado, pelo inimigo, como despojo de guerra. Aragão e o 1º Grumete Telegrafista José Manuel Rosário da Piedade foram ambos condecorados com a medalha de Valor Militar com Palma.

Honroso, de maior registo, sucedeu com a Lancha de Fiscalização «Vega» que foi afundada, em combate, sob o comando do 2º Tenente Jorge Manuel de Oliveira e Carmo e servida pelos seus dois artilheiros: António Ferreira e Aníbal dos Santos Fernandes Jardino. Todos morreram em combate; foram todos condecorados, com a medalha de Valor Militar com Palma.

– No Ultramar.
– Os nossos militares – com excepção das Forças de Guarnição e de umas poucas unidades da Metrópole, graças à firmeza dos seus comandantes… até sabemos quem foram – por ordem dos militares revolucionários do 25 de Abril, depuseram as armas regressando atabalhoadamente a Portugal após uma “derrota técnica e “muito cansados” de atribuir as culpas aos políticos que, de imediato, se limitaram a ocupar o vácuo deixado por uma real derrota militar.
Tudo isto totalmente oposto ao que sucede com outras gentes que combatem tanques à pedrada e que se suicidam matando os seus inimigos com sacrifício da própria vida. Basta vermos os documentários televisivos dos actuais confrontos, por todo Mundo, em defesa dos sagrados territórios nacionais ou conquista, como faziam os portugueses de antanho.

– Em Portugal.
Francisco Sarsfield Cabral, em “Tentar Perceber”, Diário de Notícias 01/09/05, escreveu uma muito interessante coluna «Militares». Logo no início opina: «Não é clara para a maioria da sociedade portuguesa a função das Forças Armadas. Até há quem julgue que elas são dispensáveis bastando forças de segurança neste tempo em que não se vislumbram ameaças bélicas. E acrescenta: «Vejam-se as críticas à compra de dois submarinos».

Acreditamos que nada disso mereceria a reflexão do citado colunista se a atitude das nossas Forças Armadas tivesse sido vitoriosa nas frentes de combate, em que foi necessária a sua presença, em defesa dos supremos interesses da Pátria. Como se sabe o risco de morrer – guerra – é o ponteiro da balança do que, para além do que se quer ser, é o que se é…

Perante as citadas manifestações… Acham os militares no activo de hoje com moral para se manifestarem, suja e cobardemente, como o fizeram, ignorando as leis vigentes e democraticamente aceites pelos outros portugueses?

O grande responsável por esta triste figura é Jorge Sampaio, o Chefe Supremo das Forças Armadas. Era de esperar… As suas populares alcunhas respondem por ele – têm variado e por vezes são de aplicação simultânea: O Chorão; O Água Destilada; O La Palice; O Cinzento; O Vegetal Cenoura; O Esquecido; O Viajante – com perto de uma centena de saídas para o estrangeiro; sem justificar, aos portugueses que o elegeram para os servir, as razões de interesse nacional – e ultimamente; O Ausente.
Poderá perguntar-se: então como explicar índice de popularidade que ainda detêm mas que se vai diluindo todos os dias?
– Primeiro: porque é muito difícil separar o indivíduo da função que representa e que nos merece o maior respeito e até veneração por personalizar a figura humana da Pátria.
– Segundo: porque pelos tais “brandos costumes” é mais fácil e misericordioso aplicar o dito popular: «não batam mais no coitadinho».

Mas toda esta derrocada não se inscreve somente a razões de matar ou morrer pela Pátria. Adulcino Silva no seu último livro – Seitas religiosas, comunismo e maçonaria em África – é bem explícito quando afirma a triste realidade do Portugal actual: «Desde que, há 31 anos, foi implementado o actual regime político, Portugal já teve vinte e três governos, com todas as consequências que tal sucessão de Executivos acarreta para o País. Parece uma feira, com o montar e desmontar das tendas. A política hoje, no nosso País, converteu-se numa associação de intrigas, onde os seus membros se impelem e repelem para serem governos».

Portugal de hoje ocupa o último lugar de todos os índices comparativos do desenvolvimento dos países da Europa dos quinze… onde os dez, que recentemente entraram, já estão no bom caminho de nos ultrapassar.

Perguntar-se-á novamente. O que sucedeu aos tais portugueses descendentes da mistura de povos iberos, celtas, visigodos, fenícios, francos e romanos com que Afonso Henriques fundou a Nação. Para que a partir de certa altura Portugal: no exterior, nunca mais venceu conflitos de massas; e no interior: passou a somar crises sobre crises? A partir de quando se deu essa transformação? E como se explica a existência de uma pequena minoria de portugueses que fazem jus aos do longínquo passado?

– A história: a narração crítica e pormenorizada de factos sociais, políticos, económicos e militares… é exacta sobre esse momento. Da Luzidia Armada de D. Sebastião, em 1578, ninguém regressou das areias ardentes de Alcácer-Quibir no Norte de África. Na nossa terra à beira mar plantada tinham ficado os velhos, os doentes, os mutilados de outras guerras, uns tantos abaixo dos 15 anos e os que estavam em vias de nascer.
– A genética: a ciência biológica que tem por objecto o estudo dos fenómenos e das leis da transmissão hereditária (considerando os genes) dos caracteres e a variação destes… é exacta sobre esse comportamento que melhorou nas invasões francesas – por força cromossomática dos franceses e ingleses. A propósito: Fátima Campos Ferreira num debate na televisão quando perguntou qual o segredo para se ser um bom empresário, Belmiro de Azevedo respondeu só com uma palavra: GENÉTICA.

Porém, perante este quadro comparativo, do antes e da actual generalidade dos portugueses há qualquer coisa que parece não bater certo. ALELUIA. Nem todos se enquadram nesta síntese. Como justificar a existência de uma minoria de portugueses do mais alto nível das gentes da Europa, quiçá do Mundo? Actualmente há os de todas as classes sociais, – inclusive entre os que decidem emigrar – e de todas profissões: políticos, militares, empresários, cientistas, médicos, juristas, desportistas, estudantes, escritores, artistas, mecânicos de rua, bate chapas, empregados da limpeza, etc, etc… excepções, que elevam bem alto a bandeira das quinas.
Estes são os eleitos da «lei da meia dúzia» que, em termos estatísticos se calculam em cerca de trezentos milhares como aqui já demos alguns extraordinários exemplos. Acreditamos que este número tenha tendência a subir, um pouco mais devido à actual crise onde a «necessidade faz o engenho», muito especialmente pela juventude feminina.
Estes eleitos são de fortíssima personalidade sabem o que querem e para onde vão. Não se deixam influenciar pelas “nuances” de certos: políticos, sindicatos ou associações. A eles cabe a responsabilidade de salvar Portugal. E, vamos indo… não tão bem como gostariam… mas até onde podem ir… Os que sobram não prestam: são entre 97% a 95% dos 10 milhões da população portuguesa do Continente.

Assim se justifica a IDIOSSINCRASIA DOS PORTUGUESES: O conjunto histórico de suas vivências.

COMO SEREMOS…
Será que um processo de reconversão é irreversível? Totalmente creio que não – porque os “outros” não estarão parados – mas acreditamos que as “diferenças” poderão ser amenizadas. Ter-se-á que se banir para sempre os tais “brandos costumes”: Ter-se-á que acabar, (com bom senso: fatia a fatia como se corta o salame, durante os próximos anos), com as actuais mordomias: o salário mínimo; o subsídio de desemprego; as “baixas por simpatia”; as pontes dos dias feriados passarem para as segundas-feiras seguintes… etc, etc. Ter-se-á que honrar o trabalho: «pensar como um português, comportar-se como um inglês e trabalhar como um chinês», (sic) Stanley Ho; individualmente: «é glorioso ser rico», (sic) Deng Chiao Ping». Em resumo: acabar com os “braços caídos dos que não prestam”, fazendo uma grande «Revolução Patriótica de Bravos Costumes » a liderar pelo próximo Presidente da República.

A imediato…
Tudo isto leva-nos a reflectir sobre o perfil do próximo Presidente da República, a eleger em Janeiro de 2006, que tem um Conselho de Estado para o aconselhar, um Governo para nos governar e um Parlamento para nos representar.
Concretamente, sobre os actuais candidatos: é fundamental que seja um profissional político-diplomata para usar correctamente a sua dupla função de POLÍTICO e de CHEFE MILITAR com a experiência, já vivida, no actual turbulento Mundo em que vivemos. Acabar de vez com os tecnocratas que têm o seu precioso lugar noutros sectores da administração.

– EXTERNAMENTE: Ter amigos em todos os centros de decisão internacionais, melhor dizendo: nos que “mandam” em Portugal. Ser capaz, na defesa dos interesses de Portugal, de cumprir a sua função com total independência de individuais nobres qualidades de carácter: ser matreiro como Richelieu, viperino como Mazarin e hábil como Talleyrand.
Terá de iniciar um novo futuro para a Península Ibérica: «a melhoria da vivência dos portugueses e espanhois, e excepcional presença na União Europeia e no Mundo, residirá numa União Ibérica constituída por estados federados das suas regiões do continente e ilhas. A começar por ambos e pelas suas regiões autónomas: Madeira, Açores, Galiza, Bascos, Catalunha, e Canárias; evitando-se assim as respectivas independências e a total fragilização dos ancestrais Povos Ibéricos.

– INTERNAMENTE: Ser inteligente, ter bom humor, exemplificar individuais nobres qualidades de carácter numa sensata «magistratura de influência», com total independência partidária, para aplicar, com excepcional firmeza, uma «democracia musculada», isto é: «ser realisticamente autoritário» onde o povo ordenar. Ser determinado na evolução do Estado da Nação e no equilíbrio da «governação-oposição», para o bem-estar de todos os portugueses, através de inopinadas «presidenciais abertas», suficientemente incógnitas.
ATENÇÃO: Perante o actual Estado da Nação provocado pelas medidas de contenção do actual Governo, as manifestações: dos militares, de outras instituições de segurança, e, de civis; já se murmura na sociedade portuguesa, o anseio de uns e o temor de outros, de se estar já a germinar a “matéria explosiva de um Novo Golpe Militar”.
O Chefe Supremo das Forças Armadas terá de estar muito atento a uma «Consensual Intervenção Militar», no momento em que achar oportuno, e evitar uma drástica nova Abrilada.
Terá que presidir a essa possibilidade apoiado pelas Chefias Militares e, muito especialmente, pelos voluntários jovens militares experientes em missões de risco no estrangeiro – que actualmente fazem parte da «lei da meia dúzia», e são principescamente pagos, como valentes mercenários – que não se irão conformar com a diferença salarial quando regressarem nem com o Estado da Nação que encontrarem.

A prazo…
Entretanto a LUSITÂNIA rejuvenescerá, como já sucedeu no passado pela força das leis da natureza, desta vez, pela mestiçagem dos mais notáveis do Mundo: inter-famílias e seus descendentes.
«De Fortes Gentes para um Forte País» – a exemplo dos Estados Unidos da América do Norte.

(*) Coronel de Cavalaria

2 Comments:

Blogger Macillum said...

E é fácil ver em que sectores de Portugal é que a maçonaria está bem estabelecida através da simbologia: as Folhas-de-Acácia, Simbolo Maçónico Internacional (SMI), surgem a enfeitar o Brasão de Portugal desde a Instauração da República, aquando a utilização deste na oficialização de documentos, dinheiro e repartições de Estado;
Vêmos um Compasso (SMI) no logotipo da Ordem dos Engenheiros;
Um Mocho (SMI) no logotipo da Universidade de Coimbra;
Folhas-de-Acácia, Livro-Aberto (SMI), Lamparina (SMI) e Mocho no logotipo da Ordem dos Advogados de Portugal;
Folhas-de-Acácia na Confederação dos Agricultores de Portugal;
Livro-Aberto e Águia olhando p/ nossa esquerda (símbolo imperialista e militarista) no logotipo da Universidade de Aveiro;
Círculo com ponto-ao-centro (SMI) no logotipo do Jornal "O Independente"...
Chamo tb a atenção para as Folhas-de-Acácia no logotipo do Fundo Monetário Internacional (FMI), na garra da águia do Selo Oficial dos E.U.A. e no logotipo da Organização das Nações Unidas (ONU)

www.novaordemditadurial.blogspot.com

quarta-feira, março 01, 2006  
Blogger Edvardvs Sanfins said...

Caro Mendonça:

Muito interessante e inspirado o texto. Veja um E-Mail que recebeu no endereço do seu blog.

Atento aguardo resposta

Eduardo

sábado, fevereiro 27, 2010  

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