A UNIÃO IBÉRICA... EM PORTUGAL? (I)
(*) Cavaco Silva sublinha a interdependência entre portugueses e espanhois através da “CONCENTRAÇÃO DE POLÍTICAS”.
Numa entrevista à agência de notícias espanhola EFE, o Presidente da República de Portugal relembrou que a cooperação entre Portugal e Espanha é estabelecida a todos os níveis.
A interdependência será no futuro “ainda maior”, disse Cavaco Silva, referindo que Espanha é o primeiro parceiro económico de Portugal.
O Presidente português, Cavaco Silva, salientou, a grande interdependência que existe entre Portugal e Espanha e a excelente cooperação, sublinhando que tudo o que acontece num país é relevante para o outro.
A interdependência é hoje o conceito que melhor caracteriza a relação (entre os dois países), em substituição da ideia que se utilizou no passado: “dois países de costas voltadas um para o outro", afirmou o Presidente português.
O Presidente da República acrescentou que Portugal é o terceiro cliente de Espanha e que ambos os países têm uma grande concertação em políticas internacionais e europeias.
A cooperação é também excelente ao nível político, económico, empresarial, científico, turístico, e nos assuntos transfronteiriços", explicou Cavaco Silva.
O chefe de Estado português salientou que essa cooperação pode ser ainda aprofundada, nomeadamente em áreas como a investigação tecnológica e no sector empresarial para aproveitar melhor as “oportunidades do mercado ibérico, que é de facto um mercado único”.
Voltando a abordar as relações passadas, Cavaco Silva frisou que os portugueses "não olham para Espanha como uma ameaça"; é um membro da União Europeia e da NATO. São vizinhos com relações excelentes.
No passado houve alguma desconfiança, mas isso pertence ao passado.
Sobre o problema da imigração ilegal, Cavaco Silva disse que concorda "inteiramente" com Madrid, referindo que "este não é um problema de Espanha, mas um problema europeu e a Europa deve fazer mais".
Nesse sentido, Cavaco Silva destacou a colaboração de Portugal que disponibilizou uma corveta da Marinha que se encontra ao largo da costa ocidental africana para evitar a saída de imigrantes ilegais para as Canárias.
Há, contudo, que ter presente que "só podemos acalmar a ansiedade dos cidadãos da África Sub-saariana se contribuirmos para o desenvolvimento e melhoria das condições de vida", afirmou.
No que diz respeito ao entendimento luso-espanhol em assuntos europeus, Cavaco Silva disse que pela sua experiência "existe convergência entre os dois países na maioria das questões".
Sobre as tensões entre o Ocidente e o mundo muçulmano, o Presidente português afirmou ser partidário do diálogo, defendeu um papel relevante da União Europeia e recordou que tanto Portugal como Espanha têm mantido esta linha.
Em relação ao terrorismo, sublinhou que a "resposta só pode ser a coordenação global”.
Nenhum país, por muito grande e poderoso que sejam os seus serviços de informação e forças armadas pode enfrentar sozinho o fenómeno do terrorismo", afirmou Cavaco Silva em entrevista à agência de notícias espanhola, EFE.
O Presidente da República, Cavaco Silva, chega segunda-feira a Espanha para uma visita de Estado de quatro dias em que estarão em foco as relações peninsulares e os sucessos empresariais nacionais no país vizinho.
Acompanham Cavaco Silva, na visita de Estado, os ministros da Economia, Manuel Pinho;Negócios Estrangeiros, Luís Amado; Ambiente, Francisco Nunes Correia; e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.
(*) Opinião do Presidente da República de Portugal publicado no servidor SAPO da Internet em 23/09/06.
1 Comments:
Caro Coronel:
Não tenho dúvidas de tudo o que está escrito nestes posts, apesar de ser pura propaganda espanhola, (senão veja-se que a maior parte do texto está em Espanhol!)
Neste momento apenas se fala em estados federados, mas o que implica fundir uma monarquia com uma república democrata?
E quanto tempo mais até a designada Ibéria falar Espanhol ou Castelhano?
Porquê tanto interesse a juntar-se a uma nação de baixo crescimento económico e elevado endividamento?
Não consigo abdicar do nome Portugal em detrimento de Ibéria...
Acho que se todos quisermos conseguimos fazer melhor sem ter de recorrer à "Salvação Espanhola"...
E como será a questão legislativa?
Enfim, são demasiadas perguntas para poucas respostas...Quer ser Espanhol quem pensa apenas no pouco que ganha e nos impostos que paga (ou não!)...
Continuo a ser contra a união ibérica, porque já existiu no século dezasseis durante sessenta anos e com três Reis distintos e não funcionou...Este recuo de 400 anos de história alteraria o rumo da evolução económica? Não me parece...
P.S. Lamento, sou obrigado a escrever em Português, pelo que foi a primeira forma de comunicar que aprendi... Caso contrário Francês ou Inglês... Não possuo a virtude de falar Castelhano ou Espanhol, as minhas humildes desculpas aos leitores deste Blog, que pelos vistos são na sua maioria Nuestros Hermanos...
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