FEDERAÇÃO IBÉRICA (ALFA)
(*) Mendonça Júnior
JULGO OPORTUNO ESCLARECER ESTA NOVA EPÍGRAFE, FEDERAÇÃO IBÉRICA, (a numerar sucessivamente em algarismos romanos e a partir de 27/09/06), QUE PASSOU A TITULAR UNIÃO IBÉRICA A PUBLICITAR NA INTERNET.
1 – Em 02 de Abril de 2002 iniciei artigos, epigrafados de União Ibérica, sobre uma «aproximação» entre Portugal e Espanha.
2 – Na mesma altura iniciei também uma base de dados, encabeçada pela Presidência da República, – onde hoje constam, exactamente, 299 entidades: seus endereços, telefones e faxes, – de possíveis leitores de artigos que passei a enviar, pelo Correio Postal, em remessas de cerca de uma centena e meia de cartas de cada vez, de acordo com o desenvolvimento dos textos; rigorosamente fotocopiados, depois de emitidos pela imprensa lisboeta, nos seguintes periódicos: O Dia, Correio da Manhã, O Diabo, Diário de Notícias e outros mais de pequena referência.
3 – De imediato verifiquei que uma parte desses leitores portugueses se interessavam pelo tema (1): incluindo respostas às minhas cartas vindas de Espanha nomeadamente: da Xunta de Galicia, e da La Secretaria Particular del Lehendakari del Gobierno Vasco.
4 – Em 10 de Janeiro de 2003 concretizei essa «aproximação» formulando uma hipotética tese:
«A melhoria da vivência dos portugueses e espanhois, excepcional presença na União Europeia e no Mundo, residirá numa UNIÃO IBÉRICA constituída por estados federados das suas regiões do continente e ilhas».
5 – Em 23 de Maio de 2003 perante esse resultado passei a classificar os leitores portugueses, dos meus artigos, em três categorias:
a – Os que, “repudiam” a tese exposta;
b – Os que, “admitem em termos académicos” a tese exposta:
c – Os “que admitem sem reservas” a tese exposta, mas salvaguardando a multissecular nação portuguesa em termos de Estado.
6 – Em 01 de Março de 2005, encorajado por alguns leitores criei um “blog” na Internet a que chamei UNIÃO IBÉRICA: http://uniaoiberica.blogspot.com/ e também pesquisável através dos motores de busca:
http://www.google.pt/ e http://www.sapo.pt/
7 – Em 22 de Outubro de 2005 perante a responsabilidade desse “grande salto” impunha-se-me tentar procurar a razão de ser de tamanha diversidade de opiniões. Após alguns meses de compilações, sobre o passado histórico e das últimas décadas, resultou na publicação na Internet, do “post” que intitulei de : «IDIOSSINCRASIAS DOS PORTUGUESES», que serve de base ao esclarecimento que me proponho em epigrafe.
8 – COMO ERAMOS:
d – Nos tempos de antanho, desde a fundação do nosso querido país em 1143 até pouco mais de metade do século XVI, os portugueses eram valentes determinados, orgulhosos e sobretudo muito valentes…
e – Repentinamente tudo mudou em 1578. Dom Sebastião, o rei de Portugal, levou a Luzidia Armada para guerrear os muçulmanos em Alcácer-Quibir em África. Não chegou a haver combate. O calor tórrido das areias do deserto, uma inteligente táctica do inimigo: em cerco, com sucessivas movimentações de cedência de terreno e incendiando os barcos que ficaram na praia sem defesa foi o suficiente para que a tropa invasora morresse por inacção, fome e sede. Nem um só regressou.
f – «Na nossa terra à beira mar plantada tinham ficado os velhos, os doentes, os mutilados de outras guerras, uns tantos abaixo dos 15 anos, e os que estavam em vias de nascer», sic.
9 – COMO SOMOS:
g – Entretanto inexoravelmente, com reflexos até aos dias de hoje, funcionou a Genética:
«A ciência biológica que tem por objecto o estudo dos fenómenos e das leis da transmissão hereditária, sic». Onde se perdeu a raça de antanho tão laboriosamente caldeada que levou os portugueses do Minho à China e mais além… ao Japão.
h – Para quem ainda não leu o “post” aqui aponto, em factos devidamente comprovados, os seus principais capítulos, alguns, nomeadamente, através de sínteses que estruturam este trabalho:
i – Moralmente...; Fisicamente…; Psiquicamente…; Os partidos políticos…; Os políticos…; Os militares: na grande Guerra de 14/18, tropas portuguesas revoltaram-se recusando-se a combater…; nas chamadas guerras do Ultramar, os nossos militares foram derrotados. Regressaram a Portugal, atirando as incompetências e cobardias aos políticos…; em Goa renderam-se sem dar um tiro…; em Timor fugiram para Ataúro…
j – Como resultante desta exaustiva compilação, cheguei à conclusão de ter de aceitar a imagem, por todo o lado citada como voz popular pelos média, oposição e sindicatos:
«Portugal de hoje ocupa o último lugar de todos os índices comparativos de desenvolvimento dos países da Europa dos quinze… onde os dez, que recentemente entraram, já estão no bom caminho de nos ultrapassar», sic.
k – A generalidade dos portugueses de hoje, cerca de 95% a 97% dos 10 milhões da população do Continente são resignados, indisciplinados, pessimistas, esmoleiros e sobretudo pecam por uma total ou quase total falta de valentia:
Escudam-se na popular expressão “dos brandos costumes”: os subsídios, o cafezinho, o cigarro, a corrupção, as manifestações públicas, os plenários, o futebol, a pontualidade não é com eles. São os permanentemente insatisfeitos. Criticam o governo “até às últimas consequências”, o que ninguém sabe o que é… porque não matam nem se matam para trabalhar!!! Sobrevivem através de biscates, fogem ao Fisco e correm à caça de promoções.
l – Porém a minoria restante, que se calcula em cerca de trezentos milhares, são os que têm nível europeu, – esta informação foi obtida, confidencialmente, por um militar já falecido, de um Estado Maior de Portugal e proveniente de um seu congénere de França.
Acredito que este número tenha tendência a subir, devido à actual crise, onde a “necessidade faz o engenho”, especialmente pelos exemplos de “querer vencer” do panorama feminino: pelo trabalho determinação e independência.
m – Estes, são os da “lei da meia dúzia”. São do mais alto nível das gentes da Europa, quiçá do Mundo.
Actualmente há os de todas as classes sociais, – inclusive entre os que decidem emigrar, – e de todas profissões: políticos, militares, empresários, cientistas, médicos, juristas, desportistas, estudantes, escritores, artistas, mecânicos de rua, bate chapas, empregados de limpeza, etc, etc… excepções, que elevam bem alto a bandeira das quinas.
São de fortíssima personalidade, sabem o que querem e para onde vão. Não se deixam influenciar pelas “nuances” de certos políticos sindicatos ou associações. A eles cabe a responsabilidade de salvar Portugal e, vamos indo… não tão bem como gostariam… mas até onde podem ir.
n – Salvo o devido respeito por melhor opinião – não pretendo ser omnisciente – obtive as respostas que pretendia sobre “a tamanha diversidade de opiniões dos portugueses” e tirei conclusões que julgo pertinentes.
A principal razão foi que na administração do nosso querido país os tais da “lei da meia dúzia” (m), não conseguem mover a carroça quando a tal citada maioria dos portugueses (j), fingem que puxam mas não puxam. Falta-lhes o perfil genético de antanho.
o - A propósito parece-nos oportuno invocar o adágio popular:
«a merda é a mesma só as moscas é que mudam».
10 – COMO SEREMOS
p – Porém é justo, depois dos guterres, santanas e sampaios, aplaudir Sócrates, Cavaco e Santos como bons cocheiros, “no uso do chicote” para incentivar, no bom sentido, o que não presta e para ultrapassar os obstáculos criados pelas forças de bloqueio…
q – Penso que, com estes notáveis exemplos, haja um progressivo aumento na competividade na UE e uma melhoria interna na solução dos nossos problemas.
r – Neste sentido não comungo nas opiniões de:
«Agostinho da Silva = Tínhamos de ver Portugal mais no campo espiritual e fortalecer este, visto no terreno já se ter afastado demais.
«Rafael Monteiro = Portugal já morreu! Estamos, simplesmente, a assistir ao banquete dos vermes que se digladiam pelos melhores bocados da cadáver!
Opiniões que foram publicitadas na Internet no outro nosso “blog” SENADO NEWS, – com o título de PORTUGAL JÁ MORREU? da autoria de Rainer Daehnhardt, – http://senadonews.blogspot.com/ e também pesquisável através dos motores de busca: http://www.google.pt/ e http://www.sapo.pt/
s – Acredito, sim, que a sobrevivência de Portugal como Estado esteja numa FEDERAÇÃO, (que parece ter sido a solução de países que atravessaram similares problemas de nacionalidade), como mais um Estado Federado a chamar, por exemplo, FEDERAÇÃO IBÉRICA.
t – O que eu não previa era que em 23 de Maio de 2003 a actual crise em que vivemos já perspectivava uma situação para além da citada alínea (c) do número (5),
u – Receio, sim, que essa percentagem de um terço dos portugueses que preferem ser espanhois – maioritariamente, creio, do Zé Povo, “o que mais ordena”, – que tem vindo a aumentar nestas três últimas décadas, – venha destabilizar o que parece poder ser ainda controlável.
v – Nesse sentido julgo oportuno concentrar, por agora, o esforço dos meus artigos na Internet, para auscultar as opiniões dos nossos vizinhos.
Os que concordam com a tese iberista: personalidades, e, muito especialmente os média com destaque para o El Mundo e El Pais.
x – Como é óbvio a Espanha terá que dar o primeiro passo.
Não olvidando que será complicado convencer as suas diferentes nações, – algumas com elevada autonomia e forte desejo de independência, – assim como o seu actual regime monárquico.
z – A prazo
Entretanto a LUSITÂNIA rejuvenescerá, como já sucedeu no passado pela força das leis da natureza, desta vez pela mestiçagem dos mais notáveis do Mundo: inter-famílias e seus descendentes.
«De Fortes Gentes para um Forte País» a exemplo dos que, para sobreviverem em paz e qualidade de vida, se constituíram em FEDERAÇÕES.
Termino repetindo o prólogo:
JULGO OPORTUNO ESCLARECER ESTA NOVA EPÍGRAFE, FEDERAÇÃO IBÉRICA, (a numerar sucessivamente em algarismos romanos e a partir de 27/09/06), QUE PASSOU A TITULAR UNIÃO IBÉRICA A PUBLICITAR NA INTERNET.
(*) Coronel de Cavalaria.
NOTA 1: Este artigo foi concebido por capítulos e alíneas para facilitar o franco desafio de comentários.
NOTA 2: os negritos e itálicos são da minha responsabilidade.
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